quarta-feira, 1 de junho de 2016

A todo momento, penso, mas nem sempre faço.


Por

Por ficar, me acomodo.
Por lutar, me descontrolo.
Por reclamar, me isolo.
Por desejar, me exploro.

Por sentir, me permito.
Por parar, me conflito.
Por cair, me levanto.
Por sonhar, me esbanjo.

Por ser me encorajo.
Por ir me encontro.

Por ter-me desapego.
Por ti me entrego.

Por ser, sou isso.
Por isso, sou ser.
Se sou um ser sendo.
Serei sendo um ser, a todo momento.

Vander Che
2016

Refletir para poder seguir.

Sobre sentir


Quantas vezes eu senti ter certeza que estava, completamente, resolvido com algumas coisas, e na verdade não estava. Constatar isso aos 29 anos de idade não é fácil, comparável ao discurso e as ideias que tenho, que construo e desconstruo a todo instante.

O mundo não é perfeito, nós não somos seres perfeitos, ninguém é perfeito. Somos tortos para várias coisas, inclusive no que diz respeito ao sentir, ao arrepiar, as sensações que incomodam, que mexem com o imaginário e faz proliferar ideias sem noção, tudo fruto da nossa própria imaginação. Tenho refletido sobre isso durante os últimos dias. Não é fácil assumir as fraquezas, perceber que você não conseguiu se desestruturar daquilo que tanto incomoda, por bel prazer de se sentir - talvez - seguro de algo que não esta inseguro.

O início é turbulento, emoções e provações que ocorrem a todo instante, e que vão tumultuando meu consciente, que vão alimentando o tal do ego e faz despertar tamanhas sensações que ultrapassam, sem querer o que de fato acontece, o REAL.

Real é o agora, e não o ontem. Sim, o ontem também foi real mas já passou, Foram ensinamentos e aprendizagens, porém o que mais importa é o agora, o momento em que estou vivendo.

Minha mãe diz que: "O mais importante é o agora filho, portanto não sofra com o passado, viva o agora", e as palavras de mãe tem poder, eis o que preciso praticar em minha vida para: viver mais e sofrer menos (com minhas alucinações...).

Será preciso ser, será preciso sentir, será preciso presenciar, conflitar e encarar as coisas com mais naturalidade e menos fantasia. Terei que arrancar de mim alguns vícios, repensar em alguns pensamentos para me sentir mais leve e bem comigo mesmo.

É preciso seguir, é preciso caminhar, é preciso desapegar de algumas coisas para recriar novas sensações, estar aberto para agir com imprevistos e possibilitar, a mim e as pessoas que estão mais próximas - fisicamente ou não - estar mais próximas ainda.

Obrigado Na (e família), minha mãe, irmãos, amigos e amigas que se preocupam comigo, que vêem em mim algo que, às vezes, eu mesmo não consigo ver, por acreditarem nas minhas insanidades, nas minhas loucuras, na minha vontade intensa de viver. E hoje eu posso declarar abertamente: NUNCA ME SENTI TÃO FELIZ COMO AGORA. Problemas eu tenho de monte, todos nós temos. Situações que precisam de posicionamento mais racional do que emocional terei que tomar, como todos nós temos. E a certeza que terei, disso tudo, é que será melhor assim - sendo aberto e ao mesmo tempo sincero comigo mesmo, para que tais transformações sejam reais e significativas.

Portanto, caminhemos e que os desafios da vida me aguarde, pois dessa luta eu não vou me retirar, jamais.

São Paulo, 31 de maio de 2016.
Vander Che