Por aqui as coisas andam.
Como é bom olhar para o espelho e
poder se ver, se enxergar e perceber as nuanças encontradas em cada dobradiça de
nossa pele, que vive e revive a todo instante. Como é bom poder sentir as batidas
do coração, o pulsar do sangue pelas veias e saber que aqui existe um ser vivo,
como é bom se permitir e estar disposto a mudanças, como é bom refletir e sentir que é possível estar aberto para possíveis mudanças, como é bom.
Existem várias formas de se ver perante
o mundo, perante a sociedade e perante a nós mesmos, porém este último exige
(quase sempre) certos desprendimentos de alguns vícios, fantasias e alucinações de
nossas mentes, para que não fiquemos
presos a uma ideia de perfeição ou rejeição de si mesmo dentro das
relações afetivas – ou não – que construímos durante nossa caminhada.
Sabemos que somos únicos e únicas
neste mundo, não é mesmo? Até duvidar disso pode ser uma problemática. Já
pensou se existissem duas pessoas iguais a você nesse mundo? Com certeza você
não iria aguentar, quem dirá outras pessoas (rsrsrs...). Brincadeiras e parte,
a parte principal desta questão é que podemos ter a livre escolha de optar por
sonhar ou ver a realidade nua e crua sem medo de encara-lá como ela é. E isso não é uma tarefa nada fácil, mas
isso faz parte da vida, faz parte dos processos e faz parte das nossas escolhas e caminhos que trilhamos.
Ter convicção de que as coisas
andam tranquilas e favoráveis irá depender, exclusivamente, de como cada um/a encara suas facetas em meio a tantas outras facetas neste universo. Às vezes
nos decepcionamos, outras tantas nos surpreendemos e achamos até graça no que enxergamos
por ai, e olha que são muitas coisas envolvidas para uma analise completa.
Voltando a questão do olhar
propriamente dito no início deste texto, testemunho de cunho próprio que este
exercício é necessário – ou deveria ao menos ser algo de preocupação por todos
nós – a partir do momento em que estamos preparados para viver em sociedade, para
viver em coletividade; e acredito verdadeiramente que nunca será tarde demais para
buscar outras maneiras de aprimorar o olhar, o sentir e o existir.
Sabemos que somos únicas e únicos,
se temos possibilidades de perceber o que esta adiante de nós, se procurarmos uma
forma de encarar ou boicotar tais situações (isso irá depender da escolha de
cada uma e de cada um), será de grande importância a tomada de decisões para
resolver certos problemas.
Sejamos potências, sejamos
energias acumulativas para aprender a resolver problemas, sejamos tempo para
respirar e reparar nos ganhos e nas perdas da vida, sejamos nós mesmos e mesmas para
abrilhantar cada vez mais, sejamos sinceros e sinceras quando errarmos pra saber
que não seremos perfeitos eternamente, pois sabemos que as facetas envelhecem,
a pele amolece, os sonhos podem se distanciar de nós se deixarmos que as angústias
e as dúvidas tomem conta do que é real e do que esta acontecendo agora. Não estaremos
isentos destas demandas, das perdas e das frustrações, mas se tivemos sabedoria
e cuidado com nossos anseios as coisas podem fluir de outra maneira.
Tomara que um dia isso tudo isso
sirva para alguma coisa, que seja para receber críticas ou não, seja para ser
ovacionada ou desaprovada, mas que esteja lá registrada e cartografada em
nossas mentes e em nossas relações, sejam elas humanas ou não humanas, mas que
sejam reais e presentes em nós para sempre.
Vander C. Guedes.
2018.