quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Poesia nova.

Alimentar o tempo para continuar sem lamento.
Diversificar os pensamentos e intensificar novos desejos.
Verbos a flor de uma mente que não para.
Em tempos difíceis, fazer isso é coisa rara.

Estar por inteiro nem sempre é possível.
Aguardar decisões e não pensar no fim de tudo.
Vou perpetuar algo pra fazer.
Quem sabe criar novas frases pra potencializar meu bem querer.

Ficar firme para continuar a caminhada.
Olhar pra frente sem medo de represárias.
Tenho sentimentos que movem arquibancadas.
Tento ser eu mesmo pra enfrentar qualquer batalha.

Viver é complicado, mas é necessário encarar os fatos.
A sinceridade é fascinante e algo intrigante.
Ainda há tempo para rever alguns conceitos.
Quem sabe recomeçar nossa história sem lamento.

Vander C. Guedes.
2018


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Voltando a blogar.

Por aqui as coisas andam.


Como é bom olhar para o espelho e poder se ver, se enxergar e perceber as nuanças encontradas em cada dobradiça de nossa pele, que vive e revive a todo instante. Como é bom poder sentir as batidas do coração, o pulsar do sangue pelas veias e saber que aqui existe um ser vivo, como é bom se permitir e estar disposto a mudanças, como é bom refletir e sentir que é possível estar aberto para possíveis mudanças, como é bom. 

Existem várias formas de se ver perante o mundo, perante a sociedade e perante a nós mesmos, porém este último exige (quase sempre) certos desprendimentos de alguns vícios, fantasias e alucinações de nossas mentes,  para que não fiquemos presos a uma ideia de perfeição ou rejeição de si mesmo dentro das relações afetivas – ou não – que construímos durante nossa caminhada. 

Sabemos que somos únicos e únicas neste mundo, não é mesmo? Até duvidar disso pode ser uma problemática. Já pensou se existissem duas pessoas iguais a você nesse mundo? Com certeza você não iria aguentar, quem dirá outras pessoas (rsrsrs...). Brincadeiras e parte, a parte principal desta questão é que podemos ter a livre escolha de optar por sonhar ou ver a realidade nua e crua sem medo de encara-lá como ela é. E isso não é uma tarefa nada fácil, mas isso faz parte da vida, faz parte dos processos e faz parte das nossas escolhas e caminhos que trilhamos. 

Ter convicção de que as coisas andam tranquilas e favoráveis irá depender, exclusivamente, de como cada um/a encara suas facetas em meio a tantas outras facetas neste universo. Às vezes nos decepcionamos, outras tantas nos surpreendemos e achamos até graça no que enxergamos por ai, e olha que são muitas coisas envolvidas para uma analise completa. 

Voltando a questão do olhar propriamente dito no início deste texto, testemunho de cunho próprio que este exercício é necessário – ou deveria ao menos ser algo de preocupação por todos nós – a partir do momento em que estamos preparados para viver em sociedade, para viver em coletividade; e acredito verdadeiramente que nunca será tarde demais para buscar outras maneiras de aprimorar o olhar, o sentir e o existir.

Sabemos que somos únicas e únicos, se temos possibilidades de perceber o que esta adiante de nós, se procurarmos uma forma de encarar ou boicotar tais situações (isso irá depender da escolha de cada uma e de cada um), será de grande importância a tomada de decisões para resolver certos problemas.

Sejamos potências, sejamos energias acumulativas para aprender a resolver problemas, sejamos tempo para respirar e reparar nos ganhos e nas perdas da vida, sejamos nós mesmos e mesmas para abrilhantar cada vez mais, sejamos sinceros e sinceras quando errarmos pra saber que não seremos perfeitos eternamente, pois sabemos que as facetas envelhecem, a pele amolece, os sonhos podem se distanciar de nós se deixarmos que as angústias e as dúvidas tomem conta do que é real e do que esta acontecendo agora. Não estaremos isentos destas demandas, das perdas e das frustrações, mas se tivemos sabedoria e cuidado com nossos anseios as coisas podem fluir de outra maneira. 

Tomara que um dia isso tudo isso sirva para alguma coisa, que seja para receber críticas ou não, seja para ser ovacionada ou desaprovada, mas que esteja lá registrada e cartografada em nossas mentes e em nossas relações, sejam elas humanas ou não humanas, mas que sejam reais e presentes em nós para sempre. 

Vander C. Guedes.
2018.