terça-feira, 10 de novembro de 2015

Meia erótica, talvez.

Sem título.

Que tua boca salivada
Possa inundar minha alma.
Que teu corpo sobreponha
Desejos de ternura e desonra.

Que tua vontade
Seja parte
Das asperezas da conduta
Sem ter culpa.

Que nossos laços
Sejam perversos.
Em traços.
Em gozos.
Em gestos.

Que sejam libertos.

Nem que, para isso
Eu me torne desonesto.
Sem retrocesso com meus afetos.

O jogo está aberto,
E nossos corpos se transformarão...

Na partida seremos espertos
Como duas sementes em um campo fértil.
Para germinar a revolução.

Nesse mundo.
Nesse plano.
Nesse chão.

Vander Che

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