segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Diretamente de outro local. Parte II.


Por um dia mais ameno, eu espero.

Sem muito tempo pra pensar. 
Sem muita ideia para filosofar. 
Sem muito espaço pra criar. 
Sem muita responsa para arquitetar.

Sem ter alguém para falar. 
Sem ter acesso ao paladar. 
Sem ter alguém para declarar. 
Sem ter acesso ao teu olhar.

Sem muito e com tudo. 
Me cuido e sem insulto.

Te espero e me entrego. 
Te quero, ao extremo.

Mas o tempo é o remédio. 
Pra sanar esse meu tédio. 
Em ter que te aguardar, 
Sem nenhum anestésico. 
Mas pode ter certeza:
Eu ainda 
Te espero.

Vander Che
2016

Diretamente de outro local.


Não sei se sei.

Não sei se é o correto a se fazer. 
Não tenho intenção de fazer tudo errado.

Não sei se terei empenho 
Para receber o que não espero. 
Não tenho pretensão de forçar 
Algo pra satisfazer o ego.

Não sei se terei tempo para prestigiar esse fato. 
Não tenho nenhum receio, pelo que fiz no meu passado.

Não sei se será com afeto. 
Pois não tenho magistério. 
Não sei se será com gesto. 
Não tenho esse complexo.

Não sei se 
Será honesto. 
Não tenho medo, 
Eu confesso.

Tento fazer aquilo que sinto. 
Não omito e não nego. 
Mas, me faço forte. 
Pra desvendar esse mistério.

Vander Che
2016